A S.F.R.G. apóia a petição criada pelo jornalista filatélico Marcos Boaventura contra as decisões tomadas pelos Correios em relação a assuntos diretamente relacionados à sobrevivência da atividade filatélica no Brasil. Segue o texto original, apoie você também:
Após anunciar que a partir do dia 31 de dezembro de 2016, 13 agências filatélicas serão fechadas em todo o Brasil, chega-nos a informação oficial de que a versão impressa da Revista COFI (Correio Filatélico) não mais circulará. Para amenizar, com uma desculpa que carece de maior confiabilidade, anunciaram que a revista será distribuída on-line, mas que este novo formato ainda não tem data previsão de início.
Estamos assistindo a um triste sucateamento da Filatelia por parte dos Correios. A impressão que fica é a de que algumas pessoas “aculturadas” querem acabar com a Filatelia. Por não terem o devido interesse e conhecimento do significado da Filatelia enquanto manifestação cultural e ferramenta auxiliar para a educação, querem rebaixá-la a um status menor. A Filatelia é parte importante do negócio de diversas administrações postais em todo o mundo, mas aqui não se investe e nem se aproveita este potencial de vendas dentro e fora do país com uma boa política de emissões e produção de produtos filatélicos, cuja qualidade é duvidosa, caro, mal distribuído em sua rede de varejo, pouco atrativo para jovens e adultos e inseguro a julgar pela quantidade enorme de falsificações.
Pensando em termos comerciais, o que te parece em vender ao usuário um direito a um serviço que não será utilizado? Parece ser um bom negócio, não é mesmo? Claro, se eu compro um selo postal que poderia ser utilizado para enviar uma carta para o outro lado do mundo e resolvo não utilizar o serviço (e simplesmente guardá-lo em um álbum para colecioná-lo) dou à administração postal uma ótima margem de lucro. Portanto, quando os correios vendem um selo novo, que não será circulado, vendem um “bem cultural”, pois o selo postal traz informações importantes sobre a fauna e a flora de um país, sobre seus vultos célebres, suas riquezas minerais, etc. No entanto a alegação para o fechamento de várias agências filatélicas é de que não lucro! Como assim?
Tenho visto ao longo dos anos, os trabalhadores das agências filatélicas serem dedicados, atenciosos, dando o melhor de si e, comprometidos com esta consciência de que Filatelia é sobretudo educação e cultura. No entanto, estes trabalhadores não podem fazer milagres diante da falta de investimento em recursos humanos, numa estrutura pouco inteligente e imposta de “cima para baixo”. O problema está em Brasília e não nos Estados.
Quanto mais os Correios investirem em Cultura, mais os produtos Sedex e Pac ganharão com isso porque gozarão de uma imagem mais positiva perante o consumidor do serviço postal. Queremos que a administração postal brasileira escute e estabeleça um diálogo construtivo com a comunidade filatélica, a fim de que a empresa encontrar soluções mais inteligentes, aliando a necessidade de ser mais rentável com o fomento da cultura.
Clubes, filatelistas, comerciantes, jornalistas filatélicos e fabricantes de materiais filatélicos devem se unir neste momento para tentar reverter este cenário. Já começaram as manifestações de norte a sul. É agora ou nunca. Não podemos parar. Vamos enviar cartas, telefonar, fazer abaixo-assinados, divulgar no Facebook e Twitter, encher a caixa de e-mail deles até que alguma coisa seja feita. Seja respeitoso ao fazer seu comentário. Vamos nivelar a discussão “por cima”.
Campanhas como esta sempre começam pequenas, mas elas crescem quando pessoas como nós se envolvem – por favor reserve um segundo agora mesmo para nos ajudar assinando e passando esta petição adiante.
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