A Audiência Nacional (tribunal espanhol de jurisdição nacional) condenou o presidente da AFINSA, Juan Antonio Cano, à 12 anos e dez meses de prisão ao considera-lo o autor do esquema de pirâmide financeira operado pela empresa Afinsa Bienes Tangíveis, que afetou cerca de 200.000 investidores em filatelia atendidos pela empresa, em intervenção judicial desde 2006. Cano também deverá pagar uma multa de 240.000 euros.
Além de Cano, o tribunal também condenou os ex-conselheiros Carlos e Albertino de Figueiredo à penas de 11 anos e onze meses e 11 anos de prisão, respectivamente, como autores de fraude, insolvência punível e falsificação contábil. Outros altos executivos da AFINSA também receberam sanções semelhantes: Vicente Martin Pena (11 anos e seis meses), Emilio Ballester (10 anos e três meses), o ex-secretário do conselho Joaquín José Abajo (6 anos e três meses). Estes seis condenados deverão também indenizar solidariamente, com 2.574.000 de euros, os 190.022 clientes de contratos de investimentos filatélicos da Afinsa Bienes Tangíveis.
Com penas menores foram também foram condenados o comerciante filatélico Francisco Guijarro (6 anos e cinco meses de prisão e multa), o presidente da filial da AFINSA nos EUA, Esteban Pérez (4 anos de prisão), o ex-diretor de leilões Ramón Soler (3 anos de prisão) e os peritos Joan e Jordi Domingo (2 anos e três meses de prisão).